A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO
O corpo humano é uma máquina programada para o movimento. Muito
movimento. Pegue-se no exemplo de nossos ancestrais. Para sobreviver, seja no
papel de caçador, seja no de caça, eles precisam correr, saltar, escalar
morros, subir em árvores, lutar. Hoje, o máximo de corrida que se exige de
alguém é aquela que cobre o percurso que vai do sofá à geladeira, durante o
intervalo de um filme na TV. Do ponto de vista estritamente corporal, portanto
a modernidade significou um retrocesso. Seu corolário é o sedentarismo, o que
potencializa as ameaças à saúde de homens e mulheres. Os números são
impressionantes: a inatividade física está relacionada a 35% das doenças
cardiovasculares fatais, a 35% dos óbitos por diabetes e a 32% das mortes por
câncer de cólon. Cerca de 2 milhões de pessoas morrem por ano, no mundo todo,
em decorrência do sedentarismo.
A relação direta entre atividade física e saúde só começou a ser estudada
com mais profundidade na década de 70. Desde então, os estudos sobre fisiologia
do exercício e medicina do esporte avançaram, velhos conceitos foram
reavaliados e outros tantos incorporados ao receituário. Mas a base de todas as
teorias é a mesma: ginástica regular previne e trata uma série de males – entre
eles, a osteoporose, a perda da memória relacionada à velhice, a depressão, a
ansiedade, os problemas de coluna, as dificuldades sexuais, o infarto, o
derrame, a pressão alta e por aí vai.
Calcula-se que cada hora dedicada à ginástica rende duas horas a mais de
vida. Além disso, um corpo sequinho, magro, esculpido por músculos bem
definidos é uma alegria para o ego. Com ginástica, a vida é mais longa,
saudável e feliz. Hoje, como há 4,5 milhões de anos, quando os primeiros
hominídeos desceram das árvores, mexer-se é uma questão de sobrevivência. O
corpo humano, definitivamente, não foi programado para ficar parado.
VEJA SAÚDE – 24/12/2003
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